As baterias como elemento central para a sustentabilidade urbana
A descarbonização das cidades, assente na retirada faseada de combustíveis fósseis e na progressiva integração de fontes renováveis endógenas, emerge como instrumental no combate às alterações climáticas. O modelo energético do futuro configura-se na produção renovável e, como esta é intermitente, existe sempre a necessidade de armazenamento intermédio. Este armazenamento, por motivos de poupanças na distribuição, terá de ser feito de forma local nos próprios edifícios e integrada em micro redes inteligentes. Para que tudo isto se concretize, o papel das baterias é central e lança inúmeros desafios. É neste contexto que surge o projeto Baterias 2030, com o objetivo de responder aos desafios relacionados com a descarbonização e disseminação de comunidades energéticas sustentáveis, naquilo que se espera serem as cidades do futuro. O projeto compreende 6 PPS, 4 dos quais se centram em domínios técnico científicos (PPS1 ao PPS4), sendo que as tecnologias que resultarão dos mesmos serão integradas e demonstradas num espaço urbano (PPS5), procurando-se estabelecer uma comunidade energética, assente numa microrede hipocarbónica, promovendo a substituição do consumo de combustíveis fósseis, e, assim, a redução de CO2 no espaço urbano. O projeto será desenvolvido por um consórcio composto por 14 empresas, liderado pela DST Solar, capazes de valorizar os resultados previstos em cada PPS, mas também por 9 entidades não empresariais que são detentoras de tecnologias e conhecimento específico de elevado valor acrescentado no domínio da energia, capazes de concretizar os objetivos preconizados. Com um investimento elegível de cerca de 9,9 milhões de Euros, o projeto Baterias 2030 visa contribuir para desenvolvimento de tecnologias disruptivas, passíveis de serem integradas em toda a cadeia de valor, com soluções state-of-art. Com efeito, Baterias 2030 alavanca a ciência e tecnologia em torno da temática da produção, armazenamento e gestão sustentável de energia.