Discussão da Estratégia Nacional para o Hidrogénio com comunidades científicas e de investigação e inovação
O processo de discussão da ESTRATÉGIA NACIONAL PARA O HIDROGÉNIO (EN-H2) com os agentes do setor tem como objetivo debater as medidas de atuação (atuais e novas), como forma de determinar e estabelecer o grau de ambição nacional, as necessidades de investimento atuais e futuras, a necessidade e tipologia de apoios, os desafios que se colocam à adoção desta tecnologia e a adequação das metas para a incorporação do hidrogénio nos vários setores, com vista à criação de uma economia de hidrogénio.
Agenda
10h00 | Inscrição dos participantes
10h30 | Abertura
Paulo Ferrão, IST
10h40 | Introdução
João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e da Ação Climática
11h00 | Painel de Discussão
- Carlos Martins, Martifer
- João Abel Peças Lopes, INESC TEC/FEUP
- José Pinto, Caetano Bus
- Mariana Domingos, NET4CO2
- Nuno Moreira, DouroGás
- Pedro Castro, CATIM
- Perfeito Isabel, TurboGás
- Zenaida Mourão, INEGI/FEUP
12h30 | Resumo da sessão
Paulo Ferrão, IST
12h40 | Encerramento
João Galamba, Secretário de Estado Adjunto e da Energia
Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
O evento decorre no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP). A sessão será divulgada por streaming, sendo possível aceder atráves deste link.
Contexto
Alcançar os objetivos da EN-H2 inclui envolver os setores mais relevantes para este diálogo, nomeadamente:
- Indústria (ex.: indústria da refinação, química, metalúrgica, cimento, extrativa);
- Transportes (sobretudo no transporte rodoviário pesado de passageiros e no de mercadorias, incluindo a logística urbana);
- Energia (promotores detentores de ativos renováveis, promotores das centrais termoelétricas a gás natural);
- Inovação e Desenvolvimento.
A discussão com o setor da Inovação e Desenvolvimento é tutelada pelo MCTES e apoiada pelo MAAC, e organizada pela ANI e pela FCT, incluindo diferentes agentes do Sistema científico e tecnológico e empresas de vários setores incluídos na cadeia de valor do hidrogénio. A coordenação dos eventos está a cargo do Prof. Paulo Ferrão, coordenador da Iniciativa em Energia do IST.
Esta sessão visa explorar os desafios e as oportunidades criadas pela EN-H2, no domínio da Inovação e da Investigação e Desenvolvimento, com membros da comunidade científica e tecnológica e de empresas, incluindo os que se se seguem, a título de exemplo:
- Promover tecnologias de conversão de biomassa, incluindo resíduos sólidos urbanos, em gases renováveis.
- Promover a demonstração de tecnologias de conversão de biomassa sólida por gaseificação.
- Promover a demonstração de tecnologias de conversão de biomassa por upgrade de biogás.
- Incentivar a I&D ao nível da produção de novos combustíveis sintéticos com base em hidrogénio verde, incluindo a vertente de captura, armazenamento e utilização de CO2.
- Promover a realização de estudos de impacte no emprego, saúde e segurança e no desenvolvimento regional/local, associados à EN-H2.
- Reduzir o custo e o impacte ambiental do processamento de água do mar e de água proveniente de estações de tratamento de águas residuais, para uso em eletrolisadores.
- Reduzir o custo dos materiais incorporados no fabrico de eletrolisadores.
- Desenvolver o fabrico de componentes de eletrolisadores.
- Promover o desenvolvimento e demonstração de tecnologias de produção de calor com base em 100% hidrogénio para aplicações industriais.
- Dinamizar um conjunto de novas formas de transporte e de consumo de hidrogénio, as quais implicam desenvolvimentos tecnológicos e melhoria nas atuais infraestruturas energéticas.
- Incentivar I&D ao nível da produção de eletricidade através de pilhas de combustível (PEM ou outra, de eficiência otimizada) e ao nível da produção descentralizada de eletricidade por via de cogeração em pilhas de combustível de alta temperatura (SOFC), utilizando hidrogénio verde produzido e armazenado localmente.
- Incentivar a implementação de projetos-piloto de cidades climaticamente neutras, onde o hidrogénio surge como solução complementar para a descarbonização dos consumos de energia.
- Efetuar uma avaliação prospetiva do potencial de produção de combustíveis sintéticos em Portugal a partir de hidrogénio, em complemento com outras formas de energia, e de que forma podem contribuir para a descarbonização da economia, em particular em setores com menos opções tecnológicas (ex.: aviação), identificando potenciais projetos a implementar nos próximos anos.