Cookies
O website necessita de alguns cookies e outros recursos semelhantes para funcionar. Caso o permita, o INESC TEC irá utilizar cookies para recolher dados sobre as suas visitas, contribuindo, assim, para estatísticas agregadas que permitem melhorar o nosso serviço. Ver mais
Aceitar Rejeitar
  • Menu
Artigo

Colaborador do INESC TEC participa em projeto no CERN

Fernando Pereira, colaborador na Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM), está atualmente a realizar um trabalho de investigação, com duração de dois anos, no CERN (European Organization for Nuclear Research), no âmbito do seu doutoramento.

30 maio 2012

Fernando Pereira, colaborador na Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM), está atualmente a realizar um trabalho de investigação, com duração de dois anos, no CERN (European Organization for Nuclear Research), no âmbito do seu doutoramento.
No CERN, Fernando Pereira faz parte do projeto RadioLog, desenvolvido por si e pelos seus supervisores, e para o qual a sua tese de doutoramento irá contribuir. O investigador integra o grupo de Proteção Radiológica cujo objetivo é assegurar a segurança relativa a riscos de radiação para equipamento e pessoal.

Neste projeto pretende-se otimizar as inspeções periódicas nos aceleradores existentes no CERN para avaliar os níveis de radiação, intitulados "Radiation Surveys". Estas inspeções eram realizadas de forma bastante tradicional, onde os valores lidos com os detetores de radiação eram anotados manualmente em formulários. No entanto, uma vez que existem zonas com elevados níveis de radioatividade, é importante reduzir ao máximo o tempo de permanência nessas zonas .

Por outro lado, o volume de dados recolhidos ao longo de mais de 30 km de túneis de aceleradores e para vários "surveys" era já demasiado grande para ser tratado manualmente. Para isso, o projeto RadioLog fornece uma considerável vertente de informatização, onde se pretende que os dados recolhidos fiquem armazenados eletronicamente e facilmente disponíveis para consulta e análise.

Para que os “surveys” possam ser realizados mais rapidamente, torna-se necessário detetar automaticamente a posição de pessoas e dispositivos dentro dos túneis. Por um lado, a posição será utilizada diretamente para identificar a zona e/ou equipamento sobre o qual se faz a leitura do nível de radiação. Por outro lado, o posicionamento neste meio é uma mais-valia em termos de segurança, já que poderiam ser dadas instruções às pessoas sobre como se poderiam dirigir às saídas de emergência ou mesmo indicar a posição das pessoas no túnel às equipas de emergência. É nesta vertente que a investigação de Fernando Pereira se foca.

Até ao momento, o grupo tem vindo a analisar a possibilidade de tirar partido de estruturas de comunicação existentes no túnel, mais precisamente a rede GSM distribuída sobre cabo radiante (leaky-feeder), para localização através de métodos de fingerprinting dos níveis de sinal.

De acordo com o investigador, “o estudo tem sido bastante interessante, não só pela identidade do cenário, mas também pelas suas características únicas que o tornam especial e desafiante”.

Por serem bastante flexíveis, os métodos utilizados podem ser aplicados a outros cenários, nomeadamente o aquático. No entanto, a performance destes métodos é muito dependente das características do meio, pelo que é necessário um estudo para cada caso.

BIP de maio 2012