INESC TEC tem primeira patente concedida na China
O INESC TEC tem, pela primeira vez, uma patente concedida na China. O feito foi alcançado com a tecnologia C4Mir (“Control Module for Multiple Mixed-Signal Resources Management”), que já tinha visto os seus pedidos de patente concedidos na Europa, EUA, Coreia do Sul e Japão.
30 dezembro 2019
O INESC TEC tem, pela primeira vez, uma patente concedida na China. O feito foi alcançado com a tecnologia C4Mir (“Control Module for Multiple Mixed-Signal Resources Management”), que já tinha visto os seus pedidos de patente concedidos na Europa, EUA, Coreia do Sul e Japão.
O C4MiR contribui com um método sistematizado e flexível para testar os circuitos de sinal analógico e digital ao longo do seu tempo de vida, ajudando a tipificar a forma como se fazem estes testes, os quais podemos incluir nos desenhos dos microcircuitos. Essas capacidades poderão inclusivamente beneficiar os designers de chips e circuitos eletrónicos de outras formas para além das possibilidades de teste, através das novas capacidades de sincronização e maior eficiência que esta tecnologia traz a este tipo de barramentos, assumindo um potencial de aplicação muito vasto na área das TIC, particularmente quando aplicada à indústria e Internet das Coisas.
Além da implicação direta nestes domínios, o C4MiR, tem indiretamente impacto nas áreas agroalimentar, automóvel, economia do mar, materiais e matérias-primas, saúde, dispositivos médicos, tecnologias de produção, robótica, contribuindo para a capacidade tecnológica da indústria portuguesa.
Os inventores do C4MiR são José Machado da Silva (Centro de Telecomunicações e Multimédia (CTM) do INESC TEC), Miguel Velhote (Centro de Investigação em Engenharia Biomédica (CBER) do INESC TEC) e António Salazar (na altura investigador CTM e atualmente a trabalhar na Synopsis).
De referir que, apesar de existir um grande consenso mundial em termos da legislação das patentes, cada país é soberano e tem liberdade para introduzir algumas especificidades. O histórico e a prática dos vários institutos de patentes é distinta, o que tem impacto na avaliação dos argumentos apresentados para justificar a novidade e a inventividade da invenção a proteger por patente. Além disso, e considerando que no sistema de patentes o “peso” de cada palavra é muito bem medido, as barreiras de comunicar obrigatoriamente em chinês e o seu impacto na interpretação da mensagem introduzem alguma dificuldade ao processo.
Os investigadores INESC TEC mencionados têm vínculo à UP-FEUP.