Investigadores do INESC TEC simulam catástrofes na Europa
Uma equipa de investigadores do INESC TEC testou a inteligência e autonomia dos seus robôs em cenários de simulação de catástrofes. O grupo representou Portugal no euRathlon, a maior competição de robótica da Europa, que se realizou de 17 a 25 de setembro em Piombino (Livorno, Itália).
07 outubro 2015
O objetivo era fazer com que as diversas equipas testem os seus robôs em cenários reais simulados que necessitem de uma resposta urgente, como por exemplo em situações de catástrofes naturais. Esta foi a primeira vez que robôs de terra, água e mar cooperaram para encontrar soluções para cenários inspirados no acidente de 2011 em Fukushima (Japão).
A competição contou com a participação de 18 equipas, oriundas de 21 países, num total de 150 participantes que apresentaram 40 robôs.
“Fomos convidados a participar nesta competição com robôs que atuam em cenários de água através do projeto europeu ICARUS. Os nossos robôs dão apoio em ações de busca e salvamento em casos de grandes catástrofes”, explica Aníbal Matos, investigador do INESC TEC e docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), que participou no euRathlon.
A equipa composta pelo cientista era a única constituída por portugueses nesta competição.
O ICARUS (Integrated Components for Assisted Rescue and Unmanned Search Operations – Componentes integradas para assistência a operações de busca e salvamento) é um projeto europeu que reúne 24 parceiros de nove países – Portugal, Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Suíça, Itália, Áustria, Polónia –, e contou com um orçamento de 17 milhões de euros. Começou em fevereiro de 2012 e termina em janeiro de 2016.
O projeto tem como objetivo desenvolver ferramentas robóticas que vão auxiliar as equipas de resgate em operações de busca e salvamento, numa componente de segurança terrestre e marítima. A inovação destes robôs é a capacidade que têm para ser utilizados em cenários de crise, como por exemplo numa situação de desastre natural.
“Imaginemos que um navio de passageiros encalha ou afunda em alto mar, mas as condições marítimas e atmosféricas não permitem às equipas de busca e salvamento efetuar as operações de resgate de vítimas em segurança, uma solução será usar robôs autónomos que podem auxiliar estas equipas em situações de catástrofe”, conclui Aníbal Matos.
O investigador com ligação ao INESC TEC referido nesta notícia tem vínculo à seguinte entidade parceira: UP-FEUP.