Projeto CE4Blind dá mais qualidade de vida aos invisuais
O INESC TEC, em colaboração com a Universidade do Texas em Austin, nos EUA, e com a ACAPO (Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal), desenvolveu uma plataforma digital móvel, capaz de melhorar a qualidade de vida das pessoas invisuais, ou com visibilidade reduzida, de uma forma não invasiva.
06 dezembro 2016
A plataforma CE4Blind (Context Extraction for the blind using computer vision) pretende dotar essas pessoas de maior autonomia e segurança em tarefas diárias, como por exemplo, ler um jornal ou um menu de restaurante ou até identificar um percurso ou uma embalagem, recorrendo a técnicas de visão por computador.
Este é o resultado de um trabalho que surgiu na sequência de dois outros projetos, designados por Blavigator e SmartVision. Com início em maio de 2015, o CE4Blind termina com a conclusão de um protótipo em fase de testes, ambicionando o objetivo de disponibilizar um produto comercializável, ou pelo menos conseguir que instituições ligadas a esta área possam beneficiar da sua utilização.
A nova tecnologia desenvolvida pelo CE4Blind consiste numa aplicação informática que pode ser usada em dispositivos móveis e funciona através da combinação de quatro elementos: uma bengala eletrónica, uma câmara, um smartphone e um auricular, todos interligados entre si de forma a transmitir informação adequada ao utilizador. Assim, esta nova tecnologia permite aos cegos perceber melhor o ambiente que os rodeia através de informação adaptada, dando-lhes mais independência e confiança nas suas tarefas diárias.
João Barroso, Hugo Paredes e Vitor Filipe, investigadores do Centro de Sistemas de Informação e de Computação Gráfica (CSIG) do INESC TEC, e docentes na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), são os responsáveis pelo projeto. Os dois primeiros visitaram a Universidade de Austin, entre os dias 22 e 27 de outubro, onde reuniram com os parceiros da UTAustin para encerramento do projeto CE4Blind e lançamento de novas linhas de continuidade do projeto e desta colaboração.
Os investigadores mencionados nesta notícia têm vínculo ao INESC TEC e à UTAD.
INESC TEC, novembro de 2016