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1.8M€ para criar nova versão de plataforma de gestão de risco compatível com 5G

16 setembro 2020

Melhorar a plataforma RAID, sistema comercializado pela analista de telecomunicações Mobileum para a gestão integral de risco em empresas, tornando-a compatível com a rede 5G e com computação periférica. É este o objetivo do projeto AIDA: Adaptive, Intelligent and Distributed Assurance Platform, financiado em 1.8M€ por fundos da União Europeia.

 

“Atualmente, a RAID é operada em instalações próprias ou na nuvem. Esta nova versão da plataforma vai permitir dar resposta às necessidades das operadoras de telecomunicações, nomeadamente de soluções que detetem fraude e garantam manutenção de receitas, e aomesmo tempo uma evolução tecnológica sustentada em computação distribuída e inteligência artificial, que acompanha o ritmo mais dinâmico de aprovisionamento de capacidade de rede requisitada pela indústria”, explica Ricardo Vilaça, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e Investigador Auxiliar na Universidade do Minho.

 
O 5G é cada vez mais uma tecnologia essencial para as empresas, na medida em que se trata da redução de latência nas comunicações móveis e aumento da largura de banda disponível aos diferentes terminais. “Estes novos protocolos que vamos desenvolver abrem, assim, novos cenários de utilização no setor industrial com a construção de redes privadas que alavanquem a utilização de poder computacional elevado para tomada de decisão em tempo real, como por exemplo: indústria automóvel, realidade aumentada, distribuição de conteúdo 8K, gaming com capacidades imersivas, entre outros”, acrescenta Ricardo Vilaça.
 
Além disso, sendo a computação periférica uma parte essencial da plataforma 5G, esta fornece recursos de execução, computação e armazenamento para os dispositivos com redes mais próximas dos utilizadores finais, comparando com a computação em nuvem, o que permite ter serviços com menor latência e servir um maior numero de dispositivos com melhor qualidade do serviço. “Este projeto tem impacto na deteção de fraude de forma preventiva e em tempo real, e também na experiência do consumidor e no custo das operadoras de telecomunicações”, refere Ricardo Vilaça.
 
Tornar a RAID compatível com a rede 5G e a computação periférica levanta dois grandes desafios adicionais: a privacidade dos dados e segurança da nova versão da plataforma são os maiores desafios do projeto, aos quais o grupo de investigadores vai responder com a dispersão de dados e consequente comunicação dos mesmos, com diferentes níveis de confidencialidade, o que obriga ao desenvolvimento de protocolos seguros de comunicação e encriptação dos dados sensíveis, sem, contudo, perder características essenciais à execução de modelos de aprendizagem automática.
 
 A captura de informação e a localização dos dados obrigará também à adoção do suporte da execução de modelos de aprendizagem automática de forma federada e distribuída, ao contrário da centralização utilizada atualmente.
 
“A RAID é utilizada em todo o mundo como a ferramenta inteligente para garantia de receita e identificação e prevenção de situações de fraude. No caso das telecomunicações, por exemplo, uma falha num dos pontos de comunicação, interrompendo as chamadas, pode levar o utilizador a mudar de operador, o que se traduz na quebra de receitas. Esta nova versão da RAID vai permitir aumentar também a escalabilidade da plataforma”, afirma Carlos Martins, Senior Product Owner da Mobileum.
 
O projeto foi selecionado no âmbito da iniciativa “Go Portugal– Global Science and Technology Partnerships Portugal” no contexto do Programa CMU Portugal. O promotor do projeto é a Mobileum e tem como parceiros o INESC TEC, Universidade de Coimbra e Carnegie Mellon University. É apoiado por Fundos da União Europeia, nomeadamente 1. 791 M€ pelo Programa Operacional Norte, COMPETE 2020, Fundação para a Ciência e a Tecnologia, empresas parceiras e a Carnegie Mellon University, através do Programa CMU Portugal.
Mais informações em: https://aida.inesctec.pt

Porto, 16 de setembro de 2020

 

Para mais informações:

Eunice Oliveira

Serviço de Comunicação                                                                                                                                  

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