Cookies
O website necessita de alguns cookies e outros recursos semelhantes para funcionar. Caso o permita, o INESC TEC irá utilizar cookies para recolher dados sobre as suas visitas, contribuindo, assim, para estatísticas agregadas que permitem melhorar o nosso serviço. Ver mais
Aceitar Rejeitar
  • Menu
Conteúdo

Capacidade de integração de produção de base renovável pode aumentar em Portugal

20 dezembro 2016

A crescente aposta nas redes elétricas inteligentes, o aumento dos níveis de produção renovável na rede de distribuição e novos modelos de negócio (ex: autoconsumo, gestão ativa do consumo de energia) está a fazer com que os sistemas de energia e o seu modo de operar tenham naturalmente que evoluir.

Nesse sentido, o projeto evolvDSO trabalhou, durante três anos, na definição de papéis futuros dos operadores de rede de distribuição com base em cenários conduzidos por diferentes níveis de progresso tecnológico, padrões e flexibilidade de consumo e a crescente integração de recursos energéticos ​​distribuídos.

Foi nesse âmbito que o INESC TEC desenvolveu quatro ferramentas de otimização e apoio à decisão na operação de redes elétricas de distribuição de alta, média e baixa tensão.

“Uma das ferramentas foi desenvolvida especificamente para redes elétricas de baixa tensão e testada em ambiente de simulação em Portugal e França. Identificámos benefícios para as redes reais portuguesas e francesas, tais como o aumento da capacidade de integração de produção de energia renovável, uma melhoria dos indicadores de qualidade de redução e uma redução do corte de produção renovável”, explica Ricardo Bessa, investigador do Centro de Sistemas de Energia do INESC TEC.

De acordo com o investigador, esta nova funcionalidade vai permitir aos operadores de rede explorar novos modelos de negócios relacionados com o autoconsumo, armazenamento e gestão ativa do consumo doméstico. 

Duas das ferramentas foram testadas em ambiente real para a EDP Distribuição e ENEDIS e mostraram benefícios relacionados com a integração da produção renovável, melhoria operacional da gestão da rede e um aumento da informação apresentada ao operador do centro de despacho e condução.

A quarta ferramenta foi desenvolvida também em específico para as redes de baixa tensão para estimar os níveis de tensão e consumo real, utilizando informação medida pelos contadores inteligentes. O teste em ambiente real foi feito em França e apresentou benefícios como a redução dos custos de comunicações em tempo real de dados dos contadores, elevada precisão na estimativa das grandezas elétricas e fornecimento ao operador de informação em tempo real sobre as condições de funcionamento da rede elétrica.

De uma forma geral, as tecnologias desenvolvidas, tendo em conta o paradigma das redes elétricas inteligentes e os novos modelos de negócios (ex: agregadores de consumidores ou armazenamento), procuram estimar a flexibilidade de potência ativa e reativas das redes de distribuição e aumentar o grau de controlo da potência nas subestações de interface entre as redes de transporte e distribuição, com o objetivo de otimizar os custos operacionais e melhorar as condições técnicas de exploração da rede.

Fizeram parte deste projeto 16 instituições de oito países europeus – Portugal, França, Itália, Bélgica, Alemanha, Dinamarca, Áustria e República da Irlanda. A EDP Distribuição e o INESC TEC foram os parceiros portugueses deste projeto, que terminou em dezembro de 2016.

O evolvDSO foi financiado pelo 7º programa quadro da União Europeia (FP7/2007-2013), ao abrigo do contrato de financiamento nº 608732.

 

Para mais informações:

Joana Desport Coelho

Serviço de Comunicação                                                                                                                                  

INESC TEC

Campus da FEUP

Rua Dr Roberto Frias

4200-465 Porto

Portugal

T +351 22 209 4018

M +351 919 119 721

joana.d.coelho@inesctec.pt

www.inesctec.pt                                                                                                                                    

Porto, 20 de dezembro de 2016