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Instituto português coordena projeto de 16M€ para desenvolver tecnologia para o mar profundo

O projeto TRIDENT irá permitir desenvolver a capacidade de avaliação de impacto ambiental das atividades de prospeção subaquáticas. Atualmente não existe, no mundo, qualquer mineração em mar profundo e o TRIDENT pretende avançar com o desenvolvimento de tecnologia para que seja possível avaliar, minimizar e fiscalizar qualquer ação de exploração que possa surgir no futuro.

Eduardo Silva, investigador do INESC TEC e docente no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), responsável pela coordenação do projeto, sublinha que a importância do TRIDENT se prende com o “desenvolvimento de tecnologias e novas soluções para operar de forma autónoma em áreas remotas, muitas vezes com condições extremas, de modo a fornecer dados em tempo real que serão muito importantes em ações de fiscalização, por exemplo”.

Este é, de resto, um projeto estratégico e pioneiro na análise e avaliação do impacto ambiental que a exploração no fundo do mar poderá ter, avançando na compreensão dos processos geológicos, biológicos e ambientais associados à exploração de matérias-primas em mar profundo.

Para além disso, pretende-se desenvolver uma infraestrutura dinâmica inovadora para posicionamento, navegação, comunicação e consciencialização, em tempo real, de sistemas de mineração e monitorização; desenvolver um laboratório móvel inovador e de alta tecnologia que possa ser facilmente transportado para o trabalho em ambiente de operação real e desenvolver uma estrutura de governança holística para a exploração sustentável dos recursos oceânicos da Europa.

O TRIDENT é financiado em 16 milhões de euros, do quais cerca de 12 milhões de euros financiados pelo programa Horizonte Europa, da Comissão Europeia e reúne parceiros de áreas complementares, com conhecimento técnico, científico, administrativo e jurídico com um vasto historial em atividades de investigação e inovação a nível nacional e internacional na área das matérias-primas em ambiente subaquático, de observação do mar, desenvolvimentos tecnológicos para exploração subaquática e avaliação de impacto ambiental.

Ao INESC TEC juntam-se ainda quatro entidades portuguesas, são elas: o IPMA - Instituto Português do Mar e da Atmosfera; a ARDITI – Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação; a EMEPC - Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental e a Fórum Oceano – Associação da Economia do Mar.

O Projeto TRIDENT arranca em janeiro de 2023 e terá uma duração de cinco anos.