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Projeto português financiado pela ESA quer detetar o lixo marinho remotamente

01 outubro 2020

Os testes consistiram na aquisição de assinaturas espectrais de diferentes tipos de lixo marinho, com uma posição fixa na Praia de Porto Pim, no Faial, a diferentes altitudes (20m-600m) e em condições atmosféricas diversas. As imagens foram recolhidas através de sensores híper-espectrais, a bordo de aeronaves tripuladas e de sistemas não tripulados (drones). O objetivo é comparar a assinatura espectral dos diferentes materiais obtidos nos voos efetuados pelas aeronaves, com a assinatura espectral obtida pelo sensor multiespectral a bordo do satélite Sentinel-2.

“Numa primeira avaliação preliminar dos resultados obtidos, foi possível verificar que o lixo marinho tem uma assinatura espectral diferente do ‘fundo’, neste caso a água, e, portanto, pode ser identificado utilizando sensores de imagem híper-espectral. Esta assinatura espectral não varia consideravelmente com a altitude, nem com as condições atmosféricas e é similar aos resultados obtidos pelo mesmo material em ambiente laboratorial”, explica Hugo Silva, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC). 

No futuro, os investigadores esperam que estas tecnologias sejam eficazes na identificação de zonas de “hot-spots” de plásticos flutuantes no mar. “Os próximos passos do projeto passam pelo desenvolvimento de algoritmos de processamento automático para testar e validar se os materiais são detetáveis automaticamente e qual a concentração mínima do material por pixel para este ser detetável. Estes fatores são importantes para se estudar a futura viabilidade da utilização destes sensores a bordo de satélites para deteção remota de lixo marinho”, esclarece Hugo Silva.

Este projeto foi financiado em 200,000€ pelo programa Assessments to Prepare and De-Risk Technology Developments  da Agência Espacial Europeia (ESA) e é liderado pelo INESC TEC. Fazem ainda parte do projeto o Centro de I&D Okeanos da Universidade dos Açores, e o AIR Centre. Os testes contaram com o apoio do AEROESPAÇO- Centro de Ciência e do Espaço do Aeroclube de Torres Vedras.

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Para mais informações:

Eunice Oliveira

Serviço de Comunicação                                                                                                                         

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Porto, 1 de outubro de 2020