Robôs ajudam a distribuir refeições no Hospital de Braga
03 abril 2019
As soluções existentes no mercado para transporte hospitalar requeriam uma infraestrutura significativa quer do ponto de vista de espaço quer ao nível dos equipamentos de transporte. Foi, nesse sentido, que a GERTAL, numa clara aposta na inovação nos processos de logística de distribuição de refeições em ambiente hospitalar, decidiu financiar o desenvolvimento destes robôs.
“Os robôs distinguem-se em vários aspetos das soluções que existem atualmente no mercado, nomeadamente pelo sistema de tração que têm que permite que se agarrem aos carrinhos já existentes através de uma adaptação mecânica mínima, pelo sistema de localização que têm e que faz com que saibam a cada instante onde se encontram, aproveitando assim ao máximo as características naturais do edifício que percorrem sem necessidade de utilizar marcadores ou fitas magnéticas, pela autonomia das baterias que apresentam ou, até mesmo, pela ligação contínua à rede wireless que faz com que o seu funcionamento seja constantemente monitorizado”, explica Germano Veiga, investigador sénior do Centro de Robótica Industrial e Sistemas Inteligentes do INESC TEC.
Os robôs incluem ainda um sistema de navegação que possibilita o desvio de pequenos obstáculos, controlo dos elevadores e dispõem também de um sistema de carregamento baseado em tecnologia de carga sem contacto, via wireless.
A solução desenvolvida vai permitir uma melhor gestão dos recursos humanos, ao deixarem de ter que efetuar operações de elevada exigência física e de baixo valor acrescentado.
“No médio e longo prazo, os robôs vão permitir agilizar os processos de distribuição de refeições num hospital e libertar os colaboradores das empresas de catering para outras tarefas a realizar em ambiente hospitalar”, explica Rosalina Telo da GERTAL.
Os robôs têm sido testados no Hospital de Braga por se tratar de um edifício novo, com corredores novos e largos e as demonstrações feitas têm apresentado resultados com muito sucesso. Nas palavras de Jorge Maia Gomes, Administrador Executivo do Hospital de Braga, este projeto “é uma mais-valia pois contribui para uma maior eficiência de processos e permite a adaptação a outras áreas hospitalares como é o caso da rouparia, gestão de resíduos, entre outras”.
Apesar de atualmente o custo dos robôs ser elevado por se tratarem de protótipos, estima-se que com um escalamento do projeto e capacidade de produção de cerca de 10 robôs, o custo de cada um ronde os 15 mil euros.
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Joana Coelho
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